Questionário:
1. Como surgiu a ideia de participar no programa Erasmus?
A ideia de fazer Erasmus esteve-me sempre presente na mente, desde que terminei o ensino secundário e ingressei na faculdade. Sempre fez parte dos meus planos e metas na vida, tendo em conta a importância que sempre atribuí a esta experiência de vida.
2. Sabemos que o programa Erasmus tem várias opções. Em qual delas participou?
Eu fiz erasmus durante um ano na Universidade de Leiden na Holanda, no último ano da licenciatura (Psicologia), através da faculdade do ISCTE. Há também a opção de fazer erasmus apenas durante um semestre, durante o curso, ou até durante o mestrado (para quem nunca tenha realizado erasmus anteriormente, i.e, no decorrer do 1º ciclo de estudos de Bolonha), durante um semestre ou um ano.
3. Como teve conhecimento da existência desta oportunidade?
Sinceramente não me recordo bem, mas penso que foi através de conversas com conhecidos/filhos de conhecidos, i.e, com pessoas que já tinham usufruido do programa.
4. Que etapas percorreram até ingressar no programa Erasmus?
Primeiro, falas com a tua faculdade (gabinete de relaçoes internacionais) e vês quais os protocolos existentes com outras faculdades, no teu curso; depois de avaliares todas as opções existentes, escolhes 3 faculdades, concorres e és colocada numa das 3.
5. Em que ano participou no programa Erasmus?
No ano lectivo 2010/2011, de Agosto a Julho.
6. Que pais escolheu?
Holanda
7. Que curso frequentou?
Psicologia
8. Teve novas disciplinas?
Sim, tive a oportunidade de escolher 3 cadeiras completamente 'fora do programa' e de backgrounds diferentes: uma cadeira de história de arte, uma de música e uma de psicologia da religião, que nunca teria tido oportunidade de ter se não tivesse feito erasmus.
9. Quanto tempo durou esta experiência?
1 ano
10. Gostou da experiência?
Foi a experiência que mais me mudou como pessoa, até agora, ao longo da minha vida. Adorei e acho que toda a gente deveria tê-la na sua vida, dado a importância que tem no nosso desenvolvimento e evolução como pessoas. Aprendi muito, a nível académico, profissional, mas acima de tudo a nível pessoal. Aprender a gerir a nossa vida sozinhos, o nosso dinheiro, os nossos estudos, é muito importante e gratificante. Para além de tudo isto, criei laços com pessoas que sei que vão ser para a vida, e conheci muita gente muito diferente, de todos os cantos do mundo.
11. Repetia? Porque?
Repetia, sem dúvida. Aliás, vou 'mais ou menos repetir a experiência, vou tirar o meu mestrado na Holanda, durante um ano: mais uma experiência. Porquê? Pelas razões já acima mencionadas. Acho que o ser humano desenvolve o seu potencial máximo e maximiza as suas experiências, acima de tudo nestes contextos: contextos de diversidade cultural (em viagens, por ex.), em que a necessidade de se adaptar a tudo é constante, isto dá-nos uma maior flexibilidade e abertura para novos pontos de vista, modos de vida, maneiras de fazer as coisas...enfim, tudo.
12. Que dificuldades encontrou?
Gestão de tempo. Racional o tempo que dispensava para estudar e para dispender com lazer. Tirando isso, nada foi uma dificuldade para mim. Fui sozinha e acho que foi o melhor que fiz. Ir sozinho não siginifica nunca que se está sozinho ou desamparado: pelo contrário, traz-nos muitos mais frutos. E as 'dificuldade' por muita gente consideradas nesta experiência de erasmus foram para mim, novas oportunidades de desenvolvimento.
13. Tem algum conselho a dar a um futuro aderente ao projecto?
Acho que deveria ser possível fazer Erasmus mais que uma vez. Ou seja, alguém que já fez durante a licenciatura deveria poder fazer de novo no mestrado, por ex, ou pelo menos poderiam avaliar caso a caso e permitir isso a algumas pessoas. Também deveriam existir mais protocolos entre as universidades e melhor funcionamento dos gabinetes internacionais (mais comunicação e disponibilidade)
14. Refira algo que ache importante e marcante nesta experiência que não tenhamos perguntado.
Como já referi, fazer Erasmus mudou a minha vida. Queria ressaltar isto, porque considero realmente importante que a mensagem seja passada. Foi uma experiencia muito intensa e gratificante, e quando cheguei 'ao fim', essa foi uma das minhas principais 'conclusões': “toda a gente deveria fazer eramus!”. É uma experiência fortíssima a nível emocional, socio-afectivo e profissional. Aprendi mais, a nível académico, num ano a estudar na Holanda do que em dois anos a estudar em Portugal. Talvez essa maior aprendizagem tenha sido potenciada por todas as condições que já mencionei, mas o que é certo é que aprendi e evoluí muito mais. Acho que as pessoas criam condições pra o que acontece na sua vida, e se a experiência for bem aproveitada, no sentido de se tirar o maior proveito e agarrar oportunidades, tem tudo para correr lindamente e trazer muitos frutos, para pessoa e para todas as pessoas que fazem parte da sua vida, porque a pessoa transmitirá coisas boas e todos nos influenciamos uns aos outros, certo?
Conclusão: Estudar no estrangeiro deveria ser parte do processo de todo e qualquer estudante universitário.
Estudante ERASMUS - Mariana B.